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Considerando que a infecção causada pelo coronavírus varia de sintomas leves à síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com letalidade evidenciada em pessoas idosas, o Governo de Minas orienta profissionais de Saúde e das instituições de longa permanência (ILPI) a terem máxima atenção com esse público. Para tanto, devem continuar sendo adotadas medidas de prevenção de surtos em ILPI, monitoramento constante dessa faixa da população, atendimentos e testagens prioritárias.

Desde abril, notas técnicas publicadas pelo Estado recomendam que o grupo, com idade igual ou maior de 60 anos, esteja entre aqueles com prioridade em testes e atendimentos. Além disso, o governo vem orientando casas de acolhimento a tomarem medidas de prevenção e cuidados, inclusive com a suspensão de visitas e passeios.  

Neste mês de julho, o governo estadual reforçou essa atenção máxima, por meio de documento da Subsecretaria de Políticas e Ações de Saúde (Subpas), da Secretária de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).  A nota técnica nº 31 detalha as abordagens que devem ser feitas neste momento de pandemia, considerando a saúde física e mental dos idosos.

Vulnerabilidade

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As pessoas com 60 anos ou mais que apresentam fatores de riscos são mais vulneráveis à covid-19 e representam 72% das taxas de mortalidade. Além disso, aqueles considerados frágeis com dependência funcional também estão entre os mais expostos.

A orientação é de que seja feita abordagem diferenciada a esse grupo, principalmente entre os idosos institucionalizados, que se encontram em situação de vulnerabilidade não somente pela idade avançada e presença de comorbidades, mas pelo compartilhamento de ambientes coletivos e dependência para realização de atividades diárias.

Acompanhamento integral

Entre as recomendações está a identificação, cadastro e vinculação dos idosos à Rede de Atenção à Saúde (RAS). O conhecimento desses usuários pelas equipes de Saúde é fundamental para minimizar os possíveis danos a esse grupo. Uma vez identificados, eles deverão ser acompanhados pelos profissionais das equipes em seus domicílios, seja em residência ou em instituições de longa permanência (ILPI).

Esse acompanhamento integral, que pode ser feito via telefone ou aplicativos, engloba um conjunto de ações multiprofissionais que serão realizadas nos diferentes momentos e níveis de atenção da RAS. Uma das recomendações, por exemplo, é monitorar casos sintomáticos leves e ficar atento aos sinais de alerta de complicações da doença, como confusão mental, delírio, prostração, perda do apetite e, particularmente, falta de ar.

Para o atendimento aos idosos com suspeita ou confirmação da doença, o documento recomenda prioridade na rede de assistência e avaliação dos procedimentos mais adequados, considerando a fragilidade dos pacientes.

Surtos

De acordo com dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da SES-MG,  desde o início da pandemia, foram identificados 33 surtos em instituições de longa permanência (ILPI) de cidades mineiras, De um total de 407 idosos que moram nessas casas de acolhimento onde houve registro da doença, 20 não resistiram e faleceram.

A recomendação da SES-MG é de que, a partir de um caso suspeito, devem ser adotadas todas as medidas de isolamento possíveis, identificando e isolando também os contatos próximos da pessoa infectada. Devem ainda ser reforçadas as medidas de controle e prevenção ao Covid, em especial o uso de máscaras, distanciamento social, higienização dos espaços coletivos e orientação dos trabalhadores e idosos.

Procedimentos

O idoso que apresentar sintomas precisa ser colocado em isolamento, assim como aqueles que com ele tiveram contato, mesmo que assintomáticos. É recomendado que os testes para coronavírus sejam feitos dentro das instituições pelos profissionais de Saúde da secretaria municipal de cada cidade.  A testagem deve ser feita somente nos sintomáticos, já que um resultado falso-negativo em assintomáticos pode prejudicar as medidas de isolamento necessárias.

Os testes rápidos devem feitos em indivíduos que apresentem sintomas gripais, admitindo que idosos, eventualmente, não apresentam febre, mas podem ter outros sinais de agravamento como desmaios, confusão mental, sonolência, irritabilidade e inapetência – acompanhada de tosse ou dor de garganta ou falta de ar.

Se houver um caso positivo, essas medidas devem ser reforçadas para que não haja ocorrência de surtos. As equipes das secretarias municipais, em conjunto com as equipes de Saúde das ILPI, devem fazer acompanhamento diário do paciente e seus contatos. Os profissionais com dúvidas devem ligar para o Cievs, no número (31) 98269-7893. Em caso de sintomas sugestivos de covid-19, deve-se procurar os serviços de Saúde ou os canais de consulta on-line.

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