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Por Cristiane Ribeiro

As vendas no comércio varejista do país caíram 16,8% em abril deste ano, na comparação com o mês anterior, refletindo os efeitos do isolamento social para controle da pandemia de Covid-19. É o pior resultado desde o início da série histórica, em janeiro de 2000, e a segunda queda consecutiva, acumulando uma perda de 18,6% no período. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada nesta terça-feira (16) pelo IBGE.

O recuo foi o mesmo na comparação com abril do ano passado e de 3% no acumulado do ano. No acumulado de 12 meses, há um crescimento de 0,7% nas vendas do comércio varejista.


A queda das vendas no varejo atingiu, pela terceira vez em 20 anos, todas as oito atividades pesquisadas. A maior queda, de 60,6%, foi em Tecidos, vestuário e calçados, seguido de Livros, jornais, revistas e papelaria, -43,4%, e Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com -29,5%.

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O IBGE destaca que esta é a primeira vez que a pesquisa traz os resultados de um mês inteiro em que o país está no quadro de isolamento social, já que a medida começou a ser adotada na segunda quinzena de março.

Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, considerados essenciais na pandemia, tiveram queda em abril, depois de registrar avanço em março.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, explicou que a queda nas vendas nas atividades consideradas essenciais, no mês de abril, reflete a redução da massa salarial, que, entre o trimestre encerrado em março para o encerrado em abril, caiu 3,3%, algo em torno de R$ 7 bilhões.

Ainda de acordo com Cristiano Santos, o resultado do volume de vendas no varejo é uma intensificação do resultado de março, quando o impacto não pôde ser sentido completamente. Do total de empresas coletadas pela pesquisa, 28,1% relataram impacto em suas receitas em abril por conta das medidas de isolamento social, contra 14,5% no mês de março.

Em abril, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista caiu em todas as 27 unidades da Federação, com destaque para Amapá, Rondônia e Ceará.

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